quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Via, hoje à tarde, uma série de desenhos antigos do Pica-Pau, meu ídolo. Debochado, sarcástico, malvado, enfim, politicamente incorreto. Nem sei como as patrulhas dos bons costumes da aldeia ainda não apontaram seus canhões para a querida ave. Canhões porque só tem baranga nesses grupelhos - grupos de pentelhos - de objetivos duvidosos, salvo a clara intenção de complicar a vida de quem está quieto no seu canto. Dia desses quase processaram o Monteiro Lobato por racismo, acho que nem sabiam que o homem já estava morto. Nem vamos falar no atirei o pau no gato e no Sambalalá que estava com a cabeça quebrada, que o Villa-Lobos deve estar muito indignado por mexerem no gato e no Sambalalá, mas va lá!
Mas o Pica-Pau foi parar num galinheiro, travestido de galinha, com uma luva de borracha enfiada na cabeça. A dona do galinheiro, uma velhota cruel, que obrigava as penosas a botarem ovos freneticamente, e depois as mandava pro abate. Só que elas não sabiam dessa última parte. Pica-Pau descobre e liberta as galinhas, que passam a trabalhar pra ele com muito prazer, por terem sido libertadas pelo alegre meliante. A última cena é ele e sua gargalhada característica, debaixo de um monte de dinheiro. Fim.
Aí está uma historinha burguês-capitalista imperialista muito legal: os galináceos em uma mansão confortável, obrando ovos, felizes e contentes, e o patrão Pica-Pau colhendo o lucro honesto, em dia com os encargos sociais e pagando seus impostos direitinho. Aliás, muitos impostos. O importante é que elas - as galinhas - estão inseridas no mercado de trabalho e potenciais consumidoras, alavancando a economia, ora estagnada. Viram, que lindo? E tudo graças ao Pica-Pau!
Não sei se conseguirei entrar no feice, amanhã, se não, pra terem notícias, minha assessoria estará emitindo boletins de quatro em quatro horas nas rádios e tevês. Mentira minha. Contatem com Ana Maria Madeira, aqui no feice, e ela lhes informará, amiguinhos. Novamente, obrigado pelo carinho, pela atenção e por me valorizarem muito mais do que mereço. 
Beijão pra todos. Até quinta, no máximo, tô de volta, se Deus quiser, yeah!

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