domingo, 29 de setembro de 2013

CARINHAS
Eu não sei se quero aprender algumas coisas nessa caixinha de surpresas, na qual estou teclando agora. Aprendi a postar uns bonecos engraçados no inbox, quando me dou conta estou respondendo com carinhas redondas, amarelinhas explodindo corações, dentes ou lágrimas. É legal, acho bem bacaninha, que nem criança com brinquedo novo, mas depois os outros vão se enchendo dessas respostas sem palavras, me parece. 
Não, não sou um cara ranzinza, rabugento, longe disso. Até já tentei rir ashuashuksahsuashuaua mas ficou muito estranho, me senti um primata fazendo gargarejo, não deu. Tem umas carinhas ligadas a uma frase, assim: @me sentindo feliz. Ou @me sentindo cansado, não sei se tem, mas deveria ter @me sentindo bêbado, @me sentindo mau, @me sentindo demitido, @me sentindo corneado ou outras coisas politicamente incorretas, sei lá.
Coisas que a minha cascagrossura precisa acostumar sob o risco de eu ser corrido do meio virtual, e ser defenestrado ao reino escuro dos beócios renegados, o que não te dá ao direito nem de manusear um Atari, que desastre para um burguês capitalista decadente como eu. Ainda me restaria o rádio à pilhas e o amor de minha mãe, a Norma.
Vou me abafar nas cobertas e dormir à moda sioux: com os olhos fechados.
Bons sonhos e levo para reflexão um ditado persa ou apenas um ditado que minha professora do segundo ano primário passou: "Do pó viemos e ao pó voltaremos!". Sei de gente que tenta voltar ao pó toda hora, amiguinhos.

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