sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Uma amiga ficou brava, ontem, cortou relações de qualquer tipo, comigo. Inclusive relação de amor e ódio que pudesse haver entre nós, e a relação dos senadores que se omitiram, para facilitar a permanência do Renan Calheiros na presidência do Senado. 
Pergunte-me por quê ela ficou tão furiosamente feroz? Responder-lhes-ei, amiguinhos e amiguinhos: quando ela me contou o nome fake que estava usando no feice, que é uma coisa parecida com Tabata Marysol, eu falei que parecia nome de travesti evangélico e ela me tapou de desaforos. Foi só por isso. Mas saiu assim, sabe, ao natural, sei lá, entende? Por favor, não me processem nem me amaldiçoem, poderia ter sido um travesti protestante ou católico e nem ser travesti, ser uma sereia, que me odeia. Tá, chega de explicações.
Falava com a Sandra Mello Thebich e o Carlos Alberto Alves da Silva que duvidavam que eu tivesse feito a primeira comunhão. De fato, não fiz, e já digo os porquês de não tê-la feito: durante o cursilho, apresentei muita dificuldade e assimilar o conteúdo, então minha mãe, a Norma, contratou uma professora particular de catequese. Mas Marlize, a professora - uma lourinha de sobrancelhas pretas, que me faziam pensar coisas medonhas - me desconcentrava naqueles dias de calor samborjense, com seus vestidos diáfanos transparentes e anáguas de cetim. 
Resultado: fui reprovado na catequese e não pude fazer primeira comunhão, ponto. Suprema vergonha para a família Motta! Talvez o único ser humano, na história da humanidade, que foi reprovado em catequese. E eu já carregava o peso de muitos pecados, acumulados ao longo dos meus doze anos. Depois passou esse sentimento de culpa, e virei este ser de caráter duvidoso e pouco confiável, que vos fala. E me apaixonei pela Marlize e ela nem desconfiou!
Meu compadre e vizinho Paulo Getulio Caxambu - pai do genial Paulinho - me lembrou quando estava de mudança, há uns vinte anos atrás, e algumas coisas deixou no meu apartamento. Alguns objetos e - o maior erro que ele poderia ter cometido - doze garrafas de uísque. Meu Deus do céu! Tudo de bom, Logan, Dimple, White Horse só nesse naipe! Quase me ajoelhei e, de mãos postas, agradeci ao Senhor, em lágrimas, mas me contive. 
Mês e pouco depois o Paulo Caxambu ressurgiu na minha porta e perguntou: "Motta, e os meus uísques, não vejo as garrafas por aqui?". Me senti o Marighella (ALN) quando o Lamarca (VPR) perguntou pra ele onde estavam os fuzis entregues pra guardar, quando ele, Lamarca, desertou.
Uísque? Mas que uísque? Bá, ele ficou muito puto comigo! Era uma linda coleção de uísque do melhor nível e eu bebi, sem dó nem piedade. Todos. O vampiro cuidando do banco de sangue! Mesmo assim continuamos bons amigos e, anos depois, compadres.
Um dia conto pra vocês do meu namoro com Konga, A Mulher Gorila, do Parque de Diversões Mimoso, em Santa Maria. Depois da saga de Neide, Ivoneide.
Até mais tarde, queridos bandalhos!

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