Raramente falo sério, mas meu cerebrozinho miúdo trabalha, furiosamente, pra encarar de forma sóbria a declaração da Globo sobre arrepender-se de ter apoiado os soldados em 64. É mais ou menos como se arrepender de não ter gritado, num casamento, quando o padre pergunta: "Fale agora ou cale-se para sempre!". Ou a Igreja arrepender-se em ter condenado pessoas que achavam que o mundo era redondo, em tempos de antanho. E, por favor, não me interpretem como um bobo alegre que quer achincalhar os desígnios católicos. É apenas uma observação.
No frigir dos ovos, o que está feito está feito, e essa atitude magnânima e humilde da Vênus Platinada não acrescenta nada na nossa - deles - vida politica, a não ser uma desconfiança de por quê isso, agora. A arrogância não abraça a humildade assim, de uma hora pra outra. Não sei porque, me faz lembrar a fábula do sapo espertinho aprisionado, que gritava: "Pelamor de Deus, me joguem no fogo, mas não me joguem na água!".
Em seguida receberei a plantonista que virá, sinuosa como a Medusa, trazendo em seus seis braços escamados, um crânio de ornitorrinco repleto de Bofetopril, Calabocanol e Takeusparil. Não devia ter tomado a pílula lilás mais cedo, hoje! À tarde levei uma bronca pra tomar sol, no pátio, estava muito pálida. Tenho uma bronca de Bulhufas, que ganhei de minha mãe, a Norma, tempos atrás, e tenho maior carinho por ela, a bronca. Não entendo Bulhufas, uma cidade próspera, exportadora de broncas e está sempre no vermelho! Esses políticos não sabem administrar Bulhufas! Um dia, os bulhufenses se erguerão contra tudo isso que está aí!
Mas é isso, democratas e republicanos, vamos enrolar as bandeiras e dormir. Abracinhos pra todos vocês!
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