quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Depois que passei, ontem, a receita de lambujas, fiquei com vontade de comer uma lambisgóia ao molho de sirigaita, sabem? E o acento da lambisgóia vai ficar, mesmo que o errorex aqui me diga que o burro sou eu, azar! Lambisgaitas e sirigóias, bombatas e bochas, devagor com o andar que o sarro é de banto, tá, chega dessa asneira, ok? Mas lambisgóia tem, na verdade, assento, não é? Tá, tá, tá, tá, como diria Professales Girafor.
Quedei-me, hoje cedo, a pensar em como nossas instituições estão esfarrapadas - sem duplo sentido - e desacreditadas. Sem nenhum revestimento ideológico, na minha pequenez, coisas em que deveríamos ter absoluta confiança e respeito se autodesmoralizaram, trabalho que vem sendo feito por décadas e décadas e somente agora, por tudo estar tão banalizado, vêm à tona. Ninguém mais liga se pegaram o Zé ou o Juca metendo a mão no nosso bolso, dá aquela primeira gritaria, indignação e, depois da costumeira briga de bugios, cai no esquecimento.
O Congresso, o STF, a Câmara dos Deputados, que deveriam servir de norte para a plebe e totens de ética e probidade, virou num negócio corporativista que ninguém mais sabe o que é intriga ou verdade. Essas Casas deveriam ser entidades sem fins lucrativos, mas não é bem isso que acontece, infelizmente. Me parece motorista de carro emprestado: dá um pau, gasta pneus e esmerilha - como se dizia na minha época - e depois devolve. Só que, ao invés de carro, emprestamos mandato pra esses motoristas. 
Às vezes, quando atendo celular, lembro de quando as ligações eram feitas por telefonistas. Pra quem não sabe, era assim: tu girava a manivela do teu telefone a magneto, de parede, e a telefonista da CRT (não tenho certeza se o nome já era esse) atendia e aí tu pedia pra ligar pro 1717, que seria o número do Omar Motta, digamos. 
Dependendo de quem pedia pra quem a ligação, a telefonista ficava na escuta, pois tinha acesso liberado. Ela era a pessoa mais bem informada da cidade. 
Quando surgiram os telefones automáticos - como se chamou no final dos anos 60 - a febre, coqueluche, bronquite do momento foram os trotes! Claro, ninguém sabia de onde ligavam a não ser se tu dissesse. Aqui em Porto Alegre, o campeão foi o Odone Grecco, que o Carlos Alberto Alves da Silva e Porto Alegre Personagens Lotado podem nos contar coisas sobre essa figura ímpar. Um dos trotes famosos que ele passou e se deu mal, foi com o portuga de uma elegante confeitaria - imaginem década de 50 - que o Odone escolheu o horário dominical em que a confeitaria fervia, logo, o portuga não podia falar impropérios diante de tantos clientes. Ligou e o Manuel atende e ele pergunta: "O senhor tem caralhos cristalizados?" e o Manuel, numa rápida sacada respondeu: "Eu tinha, mas a senhora sua mãe passou aqui e levou todos!".
Bom almoço pra todos!

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