quinta-feira, 19 de setembro de 2013

No trigésimo terceiro aniversário da chegada dos Escolhidos, também estava dito, em sortilégios de Zaratustra, que estes seriam imolados, sacrificados em patíbulo popular, jogados à sanha do populacho sedento de vítimas e sangue! Emblemáticos, enigmáticos trinta e três anos, mesma idade de outro Salvador, que também foi sacrificado injustamente!! Ó vós que entrais, deixais todas as esperanças!
Nos resta incluí-los nas nossas orações subordinadas adverbiais, para que sejam absolvidos e partam em paz para o paraíso fiscal da Suíça e Calpúrnia.
Mais vale quem Deus ajuda com uma pomba dura na mão, do que quem cedo madruga com elas moles de tanto dar na pedra que só sai água e não fura!
Retomando Ivoneide, A Mulher, O Mito: sábado, onze e meia da noite, saíamos do Sala Vogue - Cinema 1, na Independência e fomos comer alguma coisa no Birinaite, Santo Antônio com Cristóvão, na frente do Palacinho. Ela não entendeu muito bem Caminhos Perigosos, do Scorsese, e eu tentei explicar o DeNiro, Harvey Keitel, a máfia, mas terminei desistindo, ela era dotada de uma burrice incrível, quase admirável. Mas tinha todos os dentes e era gostosinha e tinha dezenove anos, dois anos mais velha que eu. E me ajudava a pagar o conta do lanche e da cerveja. Posteriormente, do hotelzinho da Comendador Coruja. 
Domingo, saí do banho e ela estava estendendo a cama. Expliquei que estávamos num hotel e que ela não precisaria se preocupar em arrumar a cama e tal. Fomos caminhando até a Spaghettilândia, na Salgado, de frente para a CRT, comemos presunto com ovos e queijo e um spaghetti à bolonhesa. E cervejas, claro. Pasmem, aquele cheiro de fritura que ela tinha, desapareceu! Achei que ela tivesse nascido assim, rapaiz! Estava começando um pequeno romance, sem muito futuro, uma coisa para aprendizes, como nós, Neide e eu.
Decidi que iria enfiar alguma coisa naquela cabeça que, por enquanto, serve apenas para carregar os olhos, nariz, boca, orelhas e ornamentar aquele pescocinho lindo, com cabelinhos em forma de espinha de peixe na nuca, que se eriçavam quando eu mordia sua orelha.
Tenho de parar, minha torturapeuta chegou e preciso ir lá. Aline Longaray me torce o pescoço se me atraso!
Continuarei a saga da Neide, Ivoneide! Até já!

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