segunda-feira, 9 de setembro de 2013

"Não sei porque nesta noite
O sono velho sebruno
Ergueu a crina e se foi
E eu, que arrelie ou me zangue
Tenho olhos de ave da noite
E ouvidos de quero-quero
Cordas de viola nos nervos
E uma secura no sangue..."
Chimarrão da Madrugada, Aureliano de Figueiredo Pinto.
E lá se foi o sono, com a corda e tudo! Acordo e nem me dou ao trabalho de procurá-lo, deve ter se enfiado numa dessas gavetas onde guardo algumas inquietações rotineiras, daquelas que te cutucam nessas horas e sentam ao pé da cama, pra te contar como é ficarem embrulhadas fazendo de conta que não existem.
Nada de pânico, mulheres e crianças primeiro! Não tenta dormir que é pior, parece que, quanto menos luz, menos sono. Transformo meu quarto num estádio iluminado e ligo a tevê mas não consigo prestar a atenção no tiroteio que rola, um cara se esborracha no chão todo esburacado de balas e, nesse entrevero, um japinha promove farta distribuição de bofetadas e pontapés! Não estou entendendo nada!
Mas algo me diz que o sono já vem. Foi ali comprar um Rivotril e em seguida está de volta, é só um minutinho. Eu preciso guardar um pouco de Elixir Guaicurú pra essas horas, embora não seja aconselhável buscar rima pra isso. Feitiço, caniço, petiço, cavalariço, pára com isso!
Agora vai! É só fechar os olhinhos e imaginar um campo verde e uns filhotes de crocodilo sobrevoando uma manada de guacamoles em pleno acasalamento que eutovendodps as predas petras suminsuinnoshoeriz sitemmimasnz,zlzs...zzzzzzzzzzzzz

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