Não lembro quem disse, mas alguém disse uma frase "Só tenho a oferecer-lhes sangue, suor e lágrimas!". Com tanto otimismo talvez minha sogra mas, sinceramente, não lembro. Falei isso pois só o que tenho a oferecer-lhes é asneiras, bobagens e piadas de mau-gosto ou mal-gosto, gosto do mal, gosto malvado. O meu é mau-gosto. Um amigo me contou que a Dilma furiosa, babando de ódio, o Obama espionando e aquela coisa toda, recebe um fonograma - ainda existe, será? - do próprio, que diz o seguinte: "Dear, relaxa! Quem controla anta é o Ibama, não o Obama!".
Passado esse primeiro momento de entusiasmo juvenil, volto à realidade e lembrei que fui abrir um saco de bolachinhas, fiz tudo direitinho, li as instruções, tentei rasgar na linha pontilhada, não deu, puxei as pontas, mordi aquela bosta daquela fita e nem tchuns! Aquele saco parecia rir da minha cara! Num último e desesperado gesto, lembrando um velho mestre shao-lin, dirigi toda a minha energia para os meus punhos e senti uma música de suspense ao fundo e uma luz invadir o quarto, então "Bum!", estourou a droga do saco e bolachinhas voaram em câmera lenta por todo o ambiente e entrou a banda do circo: parará-tim-bum-bum-bum! Odeio abrir essas coisas!
Aliás, tenho verdadeiro pavor de ler manual de instruções, principalmente quando começa assim: "Pegue o objeto na ponta do fio e introduza na tomada...", aí não, né?
Passo pra alguém que decifre, pacientemente, o manual e faça a geringonça funcionar, de preferência só me chame quando estiver tudo montado e acertado.
Sou preguiçoso sim, e sei que não estou sozinho nessa árdua luta contra a incompreensão e desprezo que a sociedade nos dedica. Nós, os preguiçosos, nos uniremos em torno de uma proposta e faremos valer nossos direitos. Nosso patrono será Kayu Desono, o cara que desenhou a bandeira do Japão. Nos aguardem! Quando acordarmos da sesta tem reunião.
Bom almoço a todos vocês, meus camaradinhas!
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