segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O Kau, Antonio Carlos Costa Machado e a Liane Nara De AzevedoFlores Minuzzi me tiraram da sagrada sesta e me prometeram uma visita na semana que vem. Já avisei: não me apareçam de mãos abanado, tragam, pelo menos, um vidro de Lancaster, missangas e espelhos coloridos. E água-de-fogo, cara-pálida! Pode ser o Barrilette, um uísque honesto que o Kau ganhou de aniversário há três anos atrás, e bebemos todo o querido Barrilette. Duas horas foi a vida útil daquela garrafa. Mas naquele tempo fazíamos oito doses por hora, hoje baixou pra três ou quatro doses e olhe lá. O tempo vai nos transformando em modelos mais econômicos, e ainda sou do tempo do carburador, hoje, com injeção eletrônica é outra coisa. Talvez, depois desse monte de cirurgias e me entusiasme e faça um transplante pra injeção direta. Estou que nem o Maverick: já tive fama, potência, sucesso, agora só bebo. 
Sei que devo-lhes A Morte do Autorama e minha história com Ivoneide, A Neide. A primeira namorada cremada que tive. Uma noite compramos, felizes como dois pombinhos no cio, um pote de creme de amendoim e fomos pro hotelzinho da Comendador Coruja, onde passei creme de amendoim em toda a Neide. Ficou uma linda meleca aquilo, mas paixão desenfreada te faz de idiota muitas vezes. Cremei a Neide, ela ficou parecendo os antigos pirulitos Zorro, lembram? Acho que tenho creme de amendoim até hoje embaixo das unhas.
Me aguardem, estou compilando dados - ficou bonito, parece jogar general com dados peludos - e quando tudo estiver tramitado vos apresentarei Ivoneide, A Verdadeira História! Nessa semana espero a visita de uma prima, que já comentei aqui; a Neca. A Neca é difícil de contatar, ela mora em Pitibiriba, não tem luz elétrica muito menos sinal de celular. Aliás, nem sabem o que é celular, em Pitibiriba. Nos comunicamos por cartas ou telegramas. Atenção galera da geração YX: telegrama é um antigo meio de se comunicar, que consiste em ditar o texto prum cara, que vai mandar por telégrafo a tua mensagem pra chegar no destino, ok? Não é mandar gramas pelo telefone, certo? 
Espero que ela traga muitos poréns de lá. Pitibiriba é a capital do porém. E agora é a época da colheita, onde se vê os camponeses cantando e colhendo poréns dourados sob a luz do sol. Vamos aguardar, Neca deverá passar em Julgado, cidadezinha próxima, onde se compra belos habeas-corpus para presentear os amigos. Aqueles habeas-corpus é que são legítimos, capazes de limpar até a pior gordura e excremento de qualquer ficha suja, um sucesso. O problema dessa cidade é o trânsito! O trânsito em Julgado é horrivel! A tramitação empaca tudo e cria as maiores jurisprudências, que terminam confundindo os motoristas. 
Enfim, aguardemos e, certamente, em breve receberei aqui Neca de Pitibiriba com sacoladas de compotas de poréns, poréns cristalizados e porém fresco, que é o melhor. 
Tiau, eu vou cear. Recear, pois já ceei hoje. Tu não receia? Eu receio. Tá, chega de bobagens.

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