segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Lembrava que, há uns vinte e poucos anos atrás, lendo a página do Juarez Fonseca no Segundo Caderno, descobri Missa Crioula, de Ariel Ramírez. Guardo, com outras preciosidades, o elepê comprado a partir da receita do doutor Juarez. E hoje está aniversariando, cumpleaños, meus cumprimentos a ele, que continue receitando coisas boas a essa gurizada que chega agora e precisa de gente séria, que goste e saiba o que faz. Só tenho duas palavras pro Juarez: Para Béns!
Vou me juntar ao José Luiz Prévidi e ao Clovis Heberle e reclamar um pouco da qualidade do rádio gaúcho, hoje. Olha, sou radiólatra, mas ultimamente tá difícil, amigos. Alguns jornalistas além de um texto horroroso, tem uma dicção pior ainda. Esses dias eu tentei entender uma notícia policial e não consegui, juro que tentei. Um pouco pelo texto - dava pra perceber que a moça tinha dificuldade em entender o que lia - e outro pouco pela dicção da menina que falava concação ao invés de complicação.
Não obstante, entra um cara com uma furadeira no estúdio e constrange o apresentador. Pura verdade! Furadeira, esse negócio de esburacar paredes, isso mesmo! Ficou o Massacre da Furadeira Elétrica, numa chancela Funerária Karan Dache, se a sua sogra é uma joinha, nós temos a caixinha! 
Mesmo assim consigo ouvir e aprender na rádio. Agora as palavras da moda são: acessibilidade e mobilidade urbana. É que nem chamar barrigudo de cidadão do ventre globoso, sacou? Acessibilidade é rampa pra cadeirante e mobilidade urbana é poder se locomover dentro da cidade sem demorar uma hora pra percorrer dez metros. Algumas coisas não são nítidas pra mim, surgidas nas manifestações ordeiras e pacíficas, se não fosse a truculência da polícia que insiste em não deixar o cidadão quebrar o caixa eletrônico e as vidraças da loja. Não fica claro pra minha estreita mente o que significa desmilitarização da polícia e democratização da mídia, por exemplo.
Me parece desarmar e transformar a polícia num saltitante e delicado grupo de cidadãos cumprindo expediente e atirando balas Soft em quem jogar lixo no chão. Lixo, não, é politicamente incorreto, é resíduo! E democratização da mídia nem sei o que poderia ser e tenho medo até de ouvir, se alguém conseguir definir. Como diria o velho peão Juca Perez, do Bororé, quando perguntado pelo filho onde passaria o cometa Halley: "Pôs olha, piá, vai passar entre o Alegrete e o Japão!".
Bom dominguinhos a todinhos vocês!

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