segunda-feira, 9 de setembro de 2013

A Globo poderia inovar - já que tudo se copia, nada se cria nesse império de mediocridades - e fazer o seguinte quadro, no Fantástico: "Eleitor, se pegar o seu candidato metendo pesado a mão-leve na grana pública, Você Vai Fazer o Quê?". Mas são sonhos de uma noite de verão, vocês não verão. 
Eu gosto muito de remexer nos meus baús de recordações e reminiscências - recordações baú verde, reminiscências baú vermelho, cor dos milhares de pecados que ali estão - nasci em maio de 1959, ano da revolução cubana e chinesa, Fidel e Mao, dois ícones da História. Nosso presidente, Juscelino Kubitschek, do Partido Social Democrático, PSD. E eu, que nasci careca, desdentado, sem falar pois não conhecia a língua nativa, daí pra frente tudo foi lucro. Minha mãe, a Norma, apesar de odiar lavar minhas fraldas de pano, conseguiu me criar com amor, carinho e alguns cascudos eventuais no decorrer do período. Meu pai, o Beltrão, nos finais de semana plantava de tudo em sua horta, e eu me divertia com os saquinhos de semente que ele dependurava, pra saber o que estava plantado onde. Pareciam bandeirinhas, flâmulas ao vento!
Me criaram à base de óleo de fígado de bacalhau, a asquerosa e nojenta Emulsão de Scott e Biotônico Fontoura. Num descuido, um pequeno excesso do Biotônico Fontoura resultou em inédita bebedeira no Paulinho Motta. Um mimo, aos sete anos de pilequinho e já levando uns rebencaços pelas paletas, perdido que nem galinha comprada! Mas eu era apenas uma criança, não sabia que existiam Johnny Walker e Jack Daniel's. Ah, a inocência! Minha professora Isabel, da segunda série primária no Grupo Escolar Getúlio Vargas, disse pra levarmos a tabuada na próxima aula que ela iria tomar a tabuada de todos. Não entendi, minha mãe compra o raio da tabuada na Livraria Nova, do Arthur Leipnitz, e a professora vai tomá-la de mim? Mas depois entendi.
Já estou preparando minhas pilchas e minha adaga Coqueiro, é a época de usar bombata e bochas. Tem gente botando em ordem a bombachinha fusô e o pala temático de mijoulas e lentissangas, com caraguatás estilizados representando O Animal nas Taquareiras, um arraso. Se eu conseguir entrar no desfile, claro.
Vou comer uma maçã e dormirei, só serei acordado pelo beijo ardente Ideli Salavatti. Até logo, amigos!

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