quinta-feira, 12 de setembro de 2013

No que você está pensando? Pense rápido, não vacile, senão a esfinge finge que ouviu errado e te decifra, te devora e cospe fora só o que você está pensando. Se é que você estava pensando alguma coisa sólida, que ela pudesse aproveitar e ornamentar sua caverna. Da segunda pessoa do singular passo para a primeira pessoa do plural: no que nós estávamos pensando? A primeira pessoa do singular e eu, pensávamos em complicar essa simples relação gramatical, e transformá-la num teorema que poderá nos levar do nada a lugar nenhum, com chances de surpresas macabras no desenrolar dos papiros sacrílegos de Caronte, guardados em seu barco lúgubre.
Chega dessa viagem xarope! Preciso sair dessa dimensão maluca, perdido entre pronomes que me olham oblíquos, interjeições cheias de obas e olás, sem falar nas locuções adjetivas religiosas - ai, meu Deus - e outras mais mundanas, que se jogam no meu colo: "E aí, tio? Vamu que vamu?". Preciso colocar um porto fluvial naquilo. Não, um ponto final nisso, sem contração com nenhum artigo, a não ser me livrar dum pronome possessivo que não me larga!
Pronto! Salvo por uma antítese mais ou menos, que me embarcou num sintaxe e cheguei até aqui, de volta! Ufa! Preciso parar de misturar Atucanol com Arrebentopril 20mg. Macacos me mordam, estou todo cheio de mordidas de macacos! E foram os mesmos que alguém me mandou pentear hoje cedo! Ingratos! Ainda bem que catei coquinhos na volta e tenho o que comer, senão já era pra minha fome.
Me perdoem o passeio selenita pelas bordas da pizza de catupiri, acontece uma vez por mês.
Boa quarta pra todos vocês, amigos e amigas!

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