sexta-feira, 6 de setembro de 2013

"...Tenho visto coisa feia, tenho visto judiaria, mas até hoje me arrepia lembrar daquele peleia...", Bochincho, de Jayme Caetano Braun. Mas tenho visto cioisa nesse feice que vou te contar! Ontem vi uma gracinha assim: vodka tem o poder de deixar as mulheres bonitas, a Avon podia vender, não é? Muito espirituosinha. Outra foi uma montagem de três Naldos iguais dentro de uma piscina e um título: Naldo Sincronizado! Como se não bastasse um!
Irmãos, irmãs, hoje é o Dia do Sexo, sabiam? Vamos falar do passado, do presente ou do futuro? Bom, não importa, eu falaria do passado, que é mais divertido e tem mais mulher. O presente não é um presente que se apresente a pessoas tão exigentes quanto vocês, meus amigos! Mas o passado, ah, o passado! A inesquecível Ivoneide, a Neide, minha namoradinha garçonete com doce aroma de prensado com ovo, em alguns dias exalava xis-bacon, que delícia! 
Sexo era uma constante nessa época, pouco se fazia, mas muito se pensava, e os pelinhos sensuais da nuca da minha colega morena, sentada na minha frente - a cara da Ali MacGraw - me levavam a devaneios luxuriantes durante as aulas no Colégio Mauá, em 1977. Nem nas aulas do Sergius Gonzaga eu prestava a atenção. 
E as pornochanchadas, então? Como é Boa Nossa Empregada, Histórias que Nossas Babás Não Contavam, com a gostosíssima Adele Fátima e outras tantas que hoje passariam, tranquilamente, na sessão da tarde, mas naquela época eram épicos da mais pura e legítima safadeza. Até aquele balancinho do ônibus era meio erógeno, tu ficava de olhos semicerrados e o pimpolho já se manifestava.
Mulher feia era uma coisa que não havia. Eu adorava, com meu saudoso amigo Capincho, descer até o Estudantil ou no Alaska, na Esquina Maldita, e nos juntarmos às revolucionárias meninas da Libelu, com suas saias vaporosas e cabelo embaixo dos braços. Sempre tombava algum corpo, nessas ocasiões. No outro dia eu acordava meio surpreso com aquele pacote humano com cheiro de patchouly ao lado, mas são as trapaças da sorte, são as traças da paixão!
Daí o sexo virou produto industrializado e vendido em supermercados e boas casas do ramo. Mas quando se tem uma boa parceria é maravilhoso. É saborear um vinho de boa safra ao invés de fazer sagu com ele, com o perdão da grosseira comparação.
Vou-me já ao meu humilde tugúrio, onde guardo Ele & Ela, Private, Homem, Status e a Playboy de setembro onde a capa é a Aline Fronzi, a modelo evangélica que posa nua nessa edição. Viu como estamos avançadinhos, queridos irmãos? 
Boa tarde, voltarei, ó infiéis

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