segunda-feira, 16 de setembro de 2013

"Hoje é treze sexta-feira prenda minha
É dia de louvação
Me fugiram os amigos mais antigos
Me deste consolação
Já passaram muitas luas, prenda minha
Muitas luas já passei
Fiz promessas pro negrinho, coitadinho
Por isso que te encontrei...".
Prenda Minha, Telmo de Lima Freitas.

Atenção, pessoal, só um minutinho, por favor, gente! Ô galera aí atrás, com respeito aí, tá legal? Valeu, obrigado. É só um lembrete: hoje é sexta-feira treze, dia da...da? Dia da Mocréia! O senhor careca ali da fila da direita leva o rádio-gravador Admiral, com duas fitas TDK virgens e um elepê do Antonio Carlos & Jocafi! Acertooouuu! Hoje é o Dia da Mocreia! Previnam-se, jovens casadoiros e velhotes safadoiros, ao cair da tarde elas estarão se preparando para decolar do porta-aviões, ou melhor, porta- vassouras e invadir seu final de semana.
Como falei anteriormente, elas costumam atacar mais na madrugada, quando tu já passou do décimo uísque e a penumbra do recinto funciona como elemento hipnótico, mais a tua bebedeira, a mocreia fica uma deusa afroditina ou afrodisíaca ou afrodescendente ou, finalmente, afrontosa. A frase clássica do outro dia pela manhã é: "Meu Deus, o que foi que eu fiz? Onde estava com a cabeça?". Claro que tu sabe por onde andou essa cabecinha cheia de maionese - pra não dizer coisa pior - nas últimas sete horas, tanto que a mocreia ressona ao lado, após o bote fatal, que tu nem sabe se houve.
As mocreias tem uma característica, por serem uma espécie carente, pela manhã adoram beijinhos e juras de amor; mas nem pensar beijar aquele cinzeiro de unhas vermelhas e perfume da Coty! Feche os olhos e imagine jogando ela e todos os seus pertences no corredor, aí volta a dormir, curtindo aquela ressaquinha. Seria fácil demais, ela vai querer ficar pra almoçar contigo e fazer alguma coisa pra comerem, os dois pombinhos. Ainda bem que na geladeira só tem um meia garrafa d'água e um meio saquinho de patê, podre, da época dos quakers, sacerdotes-patos.
Fica a recomendação do Motta, divirtam-se, mas escolham bem! Saiam de casa com dentes de alho no bolso - se possível as gengivas também - e um crucifixo de prata benzido pelo Frei Damião, aquele vinho que nem pra sagu serve!
Bom almoço, alvelho, algazarra pra todos vocês!

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