sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Ontem escrevi alguma coisa e usei a palavra gonorréia, depois me arrependi. Que palavrinha feia, asquerosinha, bleargh! Quase substituí por seborréia, que é menos nojenta, mas ainda assim, nojenta. Nem dá pra dizer ""Bons tempos da gonorréia!", acho que não existe mais. Gonorréia é o nome fantasia, blenorragia, a razão social. Naqueles tempos, se tu pegasse essa doença venérea - ou venérica, no popular - passava na farmácia da esquina e tomava uma Garamicina 250 ml e, no outro dia estava bom! Hoje, se tu pegar a pereba do dia, já está com meio caminho andado pro ajuste de contas com o Pai Maior. Na medida em que a humanidade avança em tecnologia, em paralelo avançam as pestes, que ficam mais sofisticadas, desafiando a medicina. Hoje até a gripe ficou letal, já viram? Meu avô morreu de tifo há setenta anos atrás, hoje tem vacina até pra brucelose, aftosa, carbúnculo e erisipela. Costumo dizer que os médicos e a medicina consertam tudo, o sujeito tem que forcejar muito pra morrer. Vejo por mim, um pecador, uma criatura indecente, que se os médicos fossem considerar o meu passado, eu estaria condenado. Ainda bem que eles salvam vidas, independente do dono delas. Mas a gente - falando por mim - ganha de Deus um sopro de vida iluminado e uma embalagem, com um cérebro, que até hoje não se sabe a plena capacidade dele, e se usa essa máquina perfeita pra dançar funk e escutar Danilo e Danojo, Precipício e Zé Perau. E ter um monte de filhos com nome de Sirlene Jandira, Tabata Aparecida e Maicol Jéquison. Um desperdício! Vou almoçar, queridos amigos, hoje o cardápio é língua com cuspe! Mentira, é spaghetti e almôndegas caseira com molho, uau! Depois da sesta eu voltarei para azucriná-los.

Nenhum comentário:

Postar um comentário