sábado, 10 de agosto de 2013

Acordei jogando Angry Birds. Na parede. Todos coloridamente esmagadinhos ao lado do meu armário, onde guardo esqueletos de antigos desafetos - inclusive meu professor de Física - e algumas mágoas, que engarrafei e guardei num cantinho. Às vezes trago um cigarro, às vezes trago um desaforo pra casa, não consigo me livrar, aí escondo nesse armário. Não tenho varrido atrás do armário, como aconselhou o Mário, com uma cara esquisita. Melhor não. Vai ficar sujo, empoeirado, calado e eu resguardado. A última vez que abri pra limpar, fui atropelado por uma fileira de advérbios empunhando pontos de exclamação que sumiram, insanos, pelo ralo da cozinha, seguidos por belos adjetivos e garbosas conjunções pessoais diretas. Quando tentei levantar, desabou sobre minha cabeça uma tábua de logaritmos que quase me levou à loucura, mas sobrevivi, graças a um impropério mais-que-perfeito que me arrancou das garras de duas raízes quadradas ninfomaníacas! Estou precisando visitar o parque temático do Daniel de Andrade, espairecer junto aos bebês zumbis-canibais, só eles me darão o afeto que preciso! Já deu pra ver que hoje será um looongo dia, amiguinhos! Bye...

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