domingo, 18 de agosto de 2013

Engraçado como a gente insiste em perpetuar ou reviver coisas que estão enterradas, em baús lacrados, dentro dos labirintos da nossa alma. Volta e meia abrimos alguma das portas emperradas desses corredores, com tênues fios de luz ricochetando no chão, e nos deparamos com achados dolorosamente preciosos. Outros, deliciosamente sorridentes e coloridos, oferecidos em cálices de vida petrificada pelo tempo. Ali ficamos saboreando, nostálgicos, cada toque, cada voz, cada frase emocionada proferida em momentos mágicos, que tornam a nos envolver. Então somos tragados pelo torvelinho do passado, flutuando longe da realidade e querendo trazer de volta o que já foi. Precisamos nos convencer que já foi, acabou, ficaram os resquícios, que devem ser guardados e vigiados para que não retornem e façam mal pro nosso coração. Nunca soterrados na tentativa do esquecimento, não. Devem existir para que aprendamos com eles e nos tornemos menos exigentes, mais tolerantes conosco e com os que nos cercam. Sempre mexemos nessas bugigangas afetivas e emocionais, e sempre encontraremos motivos pra refletir. Mas, cuidado, deixe essas coisinhas saírem da caixa bem devagar, senão, pulam pra dentro do nosso coração e ficam nos azucrinando. Bom, vou fechar essa porta aqui, que já me empoeirei todo, foi bom visitar minhas reminiscências de paixões que foram e deixaram belas poesias, impregnadas no teto, com cheiro de lavanda. Pronto, agora vou abrir aquela outra porta, ali, parece meio pesadinha. Ah, minhas reminiscências etílicas e insanidades eventuais! Bem, mas isso é outra história, que contarei aos poucos, pra vocês, queridos coleguinhas. Uma delas foi quando minha amiga Mônica Sosnoski entramos numa joalheria chiquésima, no xópingui, em Caxias, e compramos um ar de brincos de doze mil reais, lembra, Mokina? E eu com uma carteira de matéria plástica do Despachante Nestor, ao seu dispor! Buenas Noches xiruzada

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