domingo, 4 de agosto de 2013

Antes de eu fazer uma caca e interomper meu texto anterior de forma peremptória e sem noção, estava falando que fui preso com meu amigo Hilton Marchiori, o Pilly, por baderna e fomos soltos no outro dia de manhã. Mas isso foi antes do autorama Fittipaldi. Enfim, compramos o brinquedo e montamos dentro do meu quarto-e-sala, que ocupou quase todo o espaço útil, mas dava pra cozinhar e dormir. Quando falo cozinhar, significa fritar ovos e fazer arroz. Meus ovos, quero dizer, os ovos antes de eu botar na geladeira, desenhava carinhas engraçadas com hidrocor, quando abria a geladeira eles ficavam me olhando e rindo, uma pândega. Chamamos os outros amiguinhos para a inauguração da novidade. Todos com garrafas de vodka ou cachaça embaixo do braço, foram chegando. Pra lhes encurtar o relato, duas da manhã o zelador, a mulher dele e o porteiro com um cara fardado nos intimavam pra calr a boca. Aquilo virou uma guerra, que não lembro bem como terminou. Acordei no outro dia com a impressão de que estava numa ruína, no Vietnã. Juntando as coisas achei o quase-cadáver do Pilly sentado no vaso sanitário e, pasmem, o autorama intacto. Isso me aliviou muito. Três horas da tarde, rapaiz! Acendi um cigarro e me joguei no bicama de espuma pensando: Se a minha mãe, a Norma, chega aqui nesse momento, vou ouvir poucas e boas. Mas o autorama aguentou valentemente por quase um ano os alegres borrachos amigos do Paulinho Motta. Depois conto da morte do autorama. Boas noites, queridos camaradinhas.

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