terça-feira, 20 de agosto de 2013

O Fernando Albrecht falou que o gaúcho é um ser de extremos. E é. Ou melhor dizendo: somos! Se gosta de eucalipto, é de direita; de maricá, esquerda. Semana passada um integrante do comitê de organização ou coisa que o valha, disse que o acampamento gaudério é um favelão! Pra quê! Foi e está sendo um tal de riscar o facão e dar de mão no trançado de oito; onde já se viu tanto atrevimento desse correntino! Mas só pode ser correntino pra dizer uma barbaridade dessas! Eu até acho que o cara falou sem a intenção de ofender a essência gaudéria do evento, que é uma manifestação espontânea e bonita da nossa cultura. Foi um excesso de zelo aos cuidados quanto a disposições de extintores e segurança em geral. O Lula, num descuido de câmera aberta, falou que Pelotas era o maior exportador de viados e todos acharam engraçadinho. Ah, mas foi noutro contexto, etecétera e tal. Vamos contextualizar - adoro essa palavra e estou tentando usá-la, percebem? - e vai dar na mesma. E o Lula é o Lula, ponto final, não ideologizemos a conversa. Também acho que a palavra favelão foi infeliz, mas daí a palanquear o homem é exagero. Década de 70, por aí, Paixão Cortes fez um comercial de café solúvel para a tevê que era mais ou menos assim: "Chega de café de chaleira, Café Solúvel Dínamo, o café dos gaúchos!". Mas bá! Houve manifestações, queriam o fígado do Paixão! E ele, impávido como um urutau, respondeu aos detratores: "Mas então que continuem tomando café de chaleira e parem de me amolar!". E a história do favelão está mais ou menos assim. Vou tomar choques e um cálice de juízo, vindo das canículas de Takeuspa, província de Keopariu. Aperitivarei uns estribilhos caramelados servidos por belas lambisgóias cantarolando, baixinho, Nelson Ned. Buenas meus queridos colegas de trabalho!

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