terça-feira, 27 de agosto de 2013

Há pouco falávamos sobre personagens de histórias em quadrinhos, lembrando O Fantasma, Os Sobrinhos do Capitão, Superman, Brucutu e o Mandrake, entre tantos outros. Mas a minha cabeça pérfida, maldosa e impura, não sossega com o Mandrake, O Mágico, vivendo em Shannadu com a princesa Narda e seu amigo Lothar, um afrodescendentão musculoso, que traja pele de leopardo e uma sunga vermelha. Talvez seja só minha putrefata tendência a interpretar as coisas como elas parecem ser e não como realmente são. Pois bem, o Mandrake não trabalha e passa o maior tempo prendendo bandidos com o Lothar a tiracolo - talvez por medo de deixar Narda a sós com seu assistente e ela terceirizar os serviços de quarto - ou por pura possessividade, quem sabe?
O Fantasma, embora cheio de mistérios e cercado de pigmeus da tribo Bandar, enfiado num colant roxo duvidoso, casou com a Diana, e não se preocupa com grana pois ambos são roxos de ricos. E a Diana não vai encontrar um xópingui no meio da selva de Bangala e mudar o guarda-roupa para alguma coisa mais meia-estação. Mas o Mandrake parece envolvido num triângulo amoroso ou algo assim. Quem sabe seu criador, Lee Falk, quisesse deixar alguma mensagem subliminar, não sei. Vou parar por aqui, senão, em seguida, começo a falar mal do Pato Donald e da Margarida! Foi só uma viajadinha, me perdoem.
Hoje, num dos meus devaneios, pensava em quanta coisa maravilhosa nos cerca e a gente não dá bola. O avião, por exemplo, como é que aquele negócio de trezentas toneladas consegue voar? Nem entremos na questão tecnológica da coisa mas, se pensar bem, tu não entra naquela nave laminada. Ah, não entra. Tinha um avião lá pelos anos 60, que o apelido era O Tijolo Voador, vejam só! Acho que era o DC3, subiam quarenta e desciam três! Um adjetivo animador!
E o telefone, então? Teu filho te liga dos Montes Cárpatos pra te pedir dinheiro como se estivesse na sala ao lado! A infidelidade ficou mais fácil, tu pode ter uma namorada no Rio de Janeiro, liga pro celular, pega um vôo de manhã e à tarde estás de volta ao seio da família e da recepcionista do banco. Uma maravilha! Trinta anos atrás era na base do bilhete escondido e do telefone fixo, e olhe lá. Chega de calhordices, vou me acomodar e sonhar com a Vovó Mafalda. Boas noites, meus queridos amigos e amigas. Como dizem os borrachos quando saem da tua casa: desculpa qualquer coisa aí, tá?

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