segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Tirei um pequeno cochilo e tive devaneios. Sabe aquele cochilo que tu não submerge no sono? Fica na superfície, flutuando entre a realidade e outra dimensão, que te levará aos mais remotos sistemas e galáxias, entre os bebês zumbis-canibais do Daniel de Andrade e o Frank Sinatra, se afogando na piscina de champanhe Brütt, pedindo socorro pra Lassie: "Lassie me traz alguééém!"; a cachorra entenderia se ele cantasse Let Me Try Again. Essas cachorras! Aí entra o Freddie Mercury cantando "Anote um refri! I Want To Break Free!" e a platéia de gerúndios delira quando Genival Lacerda entra, rebolando lascivo, numa tanga de croché verde-pistache: "Quem não conhece Severina Chic-Chic, que comprou uma butique para a vida melhorar...". Saio do meio dos gerúndios, são muito barulhentos e agora se juntaram aos adjetivos impróprios, não dá pra aguentar! Na alameda coberta de rebotalhos pisoteados, radiopatrulhas urram, em uníssono, diante dos pratos do Congresso: "Renan Calheiros, cadê você, nóis viemu aqui pra te prendê!". Fecham-se as cortinas de ban-lon e o Marco Maciel ensaia a dança do ventre com o Heráclito Fortes, para o quadro do Flávio Cavalcânti, Adulto Lambança, ambos de malha carmim. Ideli Salvatti serve cafezinho e chuta o cachorro da mulher do Antonio Rogério Magri e toma um processo nos cornos, afinal, cachorro também é ser humano! O advogado da Lassie assume a causa. Rita Pavone grita: "Me Dê Um Martelo!" e eu desperto bem na hora da luta do Cassius Clay e do George Foreman. Bom se um dia inventarem televisão colorida, hein?
Buenas noches, hermanos! Remember Pearl Harbor!

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