terça-feira, 27 de agosto de 2013

Amanhã, segunda, provavelmente clássica segunda-feira chuvosa, aquela cutucação de guarda-chuvas nas paradas de ônibus e mais o gotejar geral dentro dos elevadores. Tem gente que se sacode como se fosse cachorro, de sacanagem, só pra molhar os certinhos, que conseguem driblar os pingos do estacionamento até a entrada da empresa, ou da firma ou da repartição. Será que tem algum chato que ainda usa galochas? Melhor: será que ainda existem galochas? Devem existir, sim, bem como quem as compra. Aí, quando tu pensa que conseguiu sobreviver a essa heróica luta, esgrimindo, intrépido, teu poderoso guarda-chuva, um corno passa o carro numa poça de lama e te deixa parecido com um churros tamanho família, um amor!
Finalmente, dentro do teu ambiente de trabalho, todos com aquela cara de vitrine de farmácia, começam a descontrair e comentar os gols da rodada, aquela matéria do Fantástico e, claro, a chuva. E essa chuva, hein? Pois é, diz que vai até amanhã, depois esquenta, de novo. O colega ao lado furunga nas gavetas e reclama do sumiço de seu grampeador e um caixa de clips. Pelo sim, pelo não, tu dá uma espiada na caneca de lápis na mesa, mas só tinha lápis, mesmo, e um recibo velho do estacionamento. A lourinha espevitada estagiária entra, molhada como um pinto, e grita um alegre bom-dia, respondido por meio de rosnados e resmungos da platéia gentil e cordial. Ela conta que foi convidada a uma festa e terminou não indo, aí falou: "Ainda bem que não fui nessa festa, porque se eu isse...". Não, tu não ouviu isso! Pede pra repetir, e ela, naturalmente, repete: "Se eu isse...". Deus do céu, se ela fosse ficaria melhor. 
Mas à tarde abrirá sol e tudo ficará melhor, até chegar em casa depois do expediente e lembrar que esqueceu o guarda-chuva não sabe onde! Essa semaninha promete! Boa semana, amiguinhos!

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