segunda-feira, 7 de outubro de 2013

MINHA NOSSA II
Fui tomado por uma dor de cabeça por todo o corpo! Acho que muita exposição aos raios gama provenientes dos lábaros catódicos caóticos católicos, acho que é isso. Mas, aos poucos, aliviou, ficando a dor de cabeça apenas na cabeça, e não no corpo inteiro. 
O ator José de Abreu tem cara de bolicheiro de campanha; é botar um lápis atrás da orelha - daqueles de lamber na ponta - um esfregão no ombro, um chapéu tapeado e um palito atravancado nos bigodes e ei-lo: um bolicheiro lá do Maçambará!
Mas ele é natural de Santa Rita do Passa Quatro, SP. Está em boa parte de filmes sobre gaúchos porque tem cara de gaúcho. No filme A Intrusa, na minissérie e no filme O Tempo e o Vento, alguns dos gaúchos interpretados por ele. Tive oportunidade de conhecê-lo em Caxias, por intermédio do Zanini. Me pareceu um cara simples, bonachão, gente boa.
Tem sido meio esculhambado, depois de dizer que faria um filme sobre o Zé Dirceu, e ser simpatizante da causa dirceuziana, comunista e tal. Muitos se houveram contra ele, inclusive eu, que passei a amaldiçoá-lo e fazer cara feia quando aparecia na tevê.
Depois lembrei de um episódio parecido, quando a Regina Duarte, anos atrás, falou que tinha medo do PT. Houve uma comoção esquerdista e a imagem dela sofreu lichamento de todos os tipos, aí passou a fúria e todos foram cuidar das suas vidas, depois de fazer um pouco de barulho. 
Penso que a tolerância não traduz submissão e nem que os meus ideais e princípios foram pisoteados, não. É só impedirmos que as ideologias não se sobreponham à humanidade e nem à razão. Somos ocidentais ditos civilizados, mas não nos comportamos como tal, muitas vezes. Quando vemos meninas de sete, dez anos casando com homens de quarenta, cinquenta anos lá pelo Oriente. Nos revoltamos e nos indignamos com o choque causado por uma questão cultural no Irã, por exemplo. Claro que é um absurdo, uma coisa doentia, mas na cultura desses povos, dessas tribos, é natural. Ou cortar a mão direita de quem for pego roubando. 
Se a moda pega teríamos uma multidão de manetas, por aqui, hein?
Vou dar um rolê, hoje é sexta-feira chuvosa, vou de táxi e de galochas, sem ser chato.
De novo, quase esqueço do título MINHA NOSSA II. Era pra eu ter explicado antes. Li, em algum lugar que é o supra-sumo do paradoxo: minha e nossa ao mesmo tempo.
Beijinhos pra todos.

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