terça-feira, 22 de outubro de 2013

JOCOSO
Hoje levantei muito tarde, como cabe a um convalescente enjoado que nem eu. Experiências com animais e pré-sal, pré-sal e experiências com animais são os assuntos predominantes. Lembrei de uma matéria que vi, anos atrás - no Globonews, acho - que falava sobre tráfico de gordura humana para vender a empresas de cosméticos, na Colômbia. Não sei no que deu, mas imaginei o processo desse negócio macabro, horrível. Esse mundão me surpreenderá até o fim da vida.
Também lembrei de uma causo jocoso - gostei dessa palavra velha - de uma família que vivia na beira de um imenso rio: a viúva, dois filhos, 25 e 14 anos, e a vaquinha Mondonga, que era o sustento da casa com fornecimento de seu leite bovino, sem soda nem gordura trans.
Numa bela manhã, a viúva acordou e encontrou a vaquinha Mondonga morta, na beira do rio! Ó céus, o que será de nós, pensou ela, enquanto morria de uma síncope.
Em seguida corre o filho mais velho, se depara com a vaquinha Mondonga morta, a mãe morta e emerge, então, das profundezas do rio, uma sereia encantada: meio peixe, meio mulher, cabelo kanekalon, perfume Cashmére Bouquet, fumando um Du Maurier e falou: "Se tu fizer amor - é, fazer amor, o que que eu posso fazer? - comigo por vinte vezes seguidas, faço todos ressuscitarem. Mãe, a Mondonga, todas!".
O rapaz encarou, afastou as escamas da peixa e atracou-se. Lá pela décima sexta ele broxou e a sereia matou ele. Ponto.
Surge o guri. Vê aquela mortandade, na beira do rio, e aparece a sereia: "Se fizeres amor comigo por trinta vezes - aí ela já pegou pesado - trago todos vivos, de novo: mãe, irmão, a vaquinha Mondonga, enfim, todos eles".
Ele pensou, pensou, olhou pra sereia e disse: "Mas tu não vai morrer que nem a Mondonga, né?".
E não me venham com a história de sereia pedófila que é só uma piada, tá legal?
Preciso caminhar um pouquinho pra esticar minha perna de rã. Acho que já contei essa: o cara senta à mesa, no restaurante especializado em rãs, e o garçom chega, mancando, para atendê-lo, e o cara pergunta: "O senhor tem perna de rã?", e o garçom: "Não, senhor! É reumatismo, mesmo!".
Vou andar, um pouquinho. Me aguardem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário