quarta-feira, 3 de julho de 2013

Nessa minha ociosidade letárgica, descubro coisas recentes que ainda me surpreendem. Não lembro quando, me deparei com uma foto do Lula apertando a mão do Paulo Maluf, acho que foi antes das eleições pra prefeito e Maluf apoiou o candidato de Lula e a Erundina foi procurar outra turma. Me encanta o desprendimento e o desapego a ideologias ou quaisquer interesses pessoais desses dois estadistas - passam do estado sólido ao gasoso em segundos - almejando tão e somente o bem estar social, o desenvolvimento comunitário e alternativas sólidas para que o cidadão possa exercer sua cidadania. Aí, depois das eleições, a coisa vira um balaio de gatos que ninguém entende. Agora, falando sério, comecei a observar as pessoas que me olham pilotando a minha cadeira de rodas vermelho-Ferrari. Algumas olham com pena, pobre daquele senhor, naquela cadeira, como será que caga? E aquela gostosona empurrando ele, será filha? Não, não. Deve ser a noiva! Que noiva, José, o cara deve ser broxa, não levanta o pinto, entendeu? Não come ninguém! Mas a maioria te trata legal, te dá preferência nas filas e te paparicam nos restaurantes. E eu me aproveito um pouco disso, é claro! É divertido, confesso. Eu tenho vitiligo - tenho o corpo malhado, que nem cavalo de índio - e um dia estava dentro do ônibus indo pro jornal, lá em Caxias e tocou meu celular. Era um freguês que precisava informações e fui falando e notei que os passageiros me olhavam, curiosos, talvez pelo vitiligo, que era mais acentuado naquela época. Depois que o cliente desligou, continuei falando como se ainda estivesse na linha e falei mais ou menos isso: "Pois é, rapaiz, ainda continuo com aquele problema de pele, sabe? É. O médico falou pra eu não sair e não ter contato com ninguém por causa do contágio, mas como o pus secou resolvi sair um pouco!". Amiguinhos e amiguinhas, até o velhote que sentava ao meu lado, no corredor, voou, parando quase no colo do motorista! Uns levantaram, outros cochichavam, foi muito divertido! Essas coisas fazem a vida da gente valer a pena, né?
Um abracinho pra todos, agora Ana Maria chegou e acho que trouxe guloseimas e eu pareço cachorro em roda dos pacotes! Tiaw!

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