domingo, 21 de julho de 2013

"Jesus é gay!". Vi essa frase, carinhosamente escrita pelos meninas e meninos que inundaram de alegria e carinho a Casa do Povo, na última semana. Entre tantas frases espontâneas que esse grupo de jovens escreveu pelos antes tristes e vetustos corredores, essa foi a que mais me chamou a atenção, pela necessidade demonstrada nos mínimos gestos, de que esses garotos e garotos se identificam cada vez mais com a religiosidade, latente em cada coração. A um desavisado incrédulo reacionário, parece que a idéia seria achincalhar, pejorativamente, a figura sagrada! Nada disso! Se assim fosse seria pura homofobia, coisa que esse alegre e obstinado grupo não é. Mas, enfim, terminou o recreio e temos mais o que fazer. Desde ontem me concentrando para consulta hoje, quando me liberaram pra fazer a cirurgia do quadril, e depois poderei andar sem a minha cadeira de rodas vermelho-Ferrari, poderei fantasmear nos sebos e assistir corrida de submarinos no Guaíba. Nunca havia ficado tanto tempo confinado num único lugar. Exercito minha mente todo o dia e a descoberta desse monte de gente legal aqui no feice é um negócio incrível, que te ajuda a manter o equilíbrio, embora eu não tenha muito. Meu filho, o Lobo, aos treze anos tinha muito mais maturidade e equilíbrio do que eu, que sou desmiolado, inconsequente, irresponsável e, agora, meio surdo, uau! Mas sou mau humorado, ou seja, um mal-humorado mau. Um péssimo bem-humorado, que odeia gente que, quando tu pergunta como vai, responde: "Mais ou menos!". Está terminando a bateria do tamagóchi aqui e vou pedir a alguém fazer uma logística, volto depois do Datena, que ainda acho que ele bota uma peruca de noite e vira a Roberta Miranda. Tiau.

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