sábado, 27 de julho de 2013

Dia bonito, solzinho maravilhoso, sentado na frente da clínica com meus amiguinhos, meio difícil puxar conversa, quase todos surdos, os que ouvem não falam, por causa do AVC, mas com mímica e alguns berros, consigo contar piada e eles riem, não sei se da piada ou da minha cara, mesmo! Meu amigo Vitor Hugo Castro Pereira me visitou, ontem, moramos na mesma casa, em Caxias. Era uma casa de dois pisos, fria como um mausoléu, mas a gente nem parava em casa. Rimos muito das aventuras daquela época, que merecem capítulo à parte. Nossa vizinha de fundos vivia nos pedindo dinheiro emprestado e reclamando do marido. Reclamava do marido e pedia dinheiro emprestado. Daquelas pessoas que acorda de manhã e diz: "Tô viva, que merda!". O Vitor tinha mais paciência, eu dava um jeito e escapava. Um dia ela me pegou bêbado e começou a reclamar de tudo, então falei pra ela: "Marilda, por quê tu não te mata?". Ela ficou me olhando, pensativa, levantou e foi embora. Uma semana depois deu um tiro na cabeça do marido que abriu-se que nem melancia. Fiquei horrorizado! O Vitor dava risada da minha cara! Aí aquela nossa casa começou a ficar sinistra e nos mudamos pra uma pensão, "Penção Familhar". Depois eu conto pois a torturapeuta chegou e me chama para o suplício. Bom almoço pra vocês, amadinhos e queridinhos.

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