sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ABS
Muitos abs pra vocês, meus queridos amigos e amigas, muitos! Agora que descobri que abs, ao final de um texto, são abraços enviados abreviados pelo remetente da cartinha, proporcionarei farta distribuição deles, ótimo! E eu achando que seriam freios abs, como sou estúpido, gente!
Mas é a nossa preguiça mental virtual de cada dia. Beijo virou bj; também agora é tbm, e por aí vai. E eu me incluo dentre - amanhã vou ao dentrista - esses preguiçosos. É a má vontade de pressionar mais uma ou duas teclas, que nos tomarão um tempo bárbaro. Imaginem se tivéssemos que escrever aqui, nesse momento, em uma máquina de escrever ou com caneta Bic em alfarrábios não tão distantes de nós, hein? Que merdança seria! E o meu teclado fica gago, às vezes. Eu aperto uma letra e não sai. Ou verborrágico, taquilálico: eu rio rararara e saltam érres demais: rraarrararrarrrrr, um desastre!
Esses dias uma amiga me falou que estava na mesma vibe que eu. Opa, o que será vibe? Ela me explicou que é estar na mesma sintonia, vibração e tal. Ah, mas é perguntando que se aprende, eu acho.
Essa cara-de-pau que nem todos tem, de perguntar o que não sabem, é uma espécie de virtude que me acompanha desde a mais tenra idade. Tenra idade, gostei. Parece que, nesse período, estaríamos prontos para sermos consumidos al dente.
Voltando à cara-de-pau, mesmo na escola, sempre perguntava o que não entendia e me lixava pros bandalhos. Quase sempre, todos queriam fazer a mesma pergunta e tinham vergonha! Nunca tive vergonha de aprender. Não sabe? Pergunte, rapaiz!
Lembro de uma reunião com os caras do RH, lá no Pioneiro, que iriam falar sobre o ponto biométrico. O ponto eletrônico deixaria de existir e chegava o tal ponto biométrico, que eu imaginava medir o incauto em vida.
Claro que não era nada disso. Mas eu esperei até a metade da reunião e, já que ninguém explicava o que era, eu perguntei, sem medo de ser espinafrado pela ignorância. Aprendi, naquele instante, que é bater o ponto só colocando teu dedo no aparelho e pronto, viram? Agora vamos votar biometricamente, também. Mas já inventaram o dedo de silicone, ô Bulhufas velha de guerra! Mal inventaram o negócio, já veio a trampa junto.
Mas sempre fui um burro corajoso, nunca me calei por medo do constrangimento, o que me ajudou demais nessa minha escassez de intelecto. Em aulas ou reuniões, não perdia meu tempo em devaneios, elaborando perguntas difíceis pra fazer e impressionar os colegas. Prestava a atenção no que o estava sendo dito que eu ganhava mais, de fato.
Acho que sempre fui um beócio humilde. Pior coisa do mundo é o bronco arrogante. Esse não sabe, não quer aprender e pensa que é o dono da verdade; impossível conversar com ele sem pensar em assassinato. E onde esconder o corpo.
Gente, um abraço pra vocês de todo o meu coração. À tarde, depois da fisiotorturapia volto entupido de boas novas! Abs e bjs, sem deboches, por favor!

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