quinta-feira, 13 de junho de 2013


Sou um marsupial, um canguru. Tenho uma bolsa, de colostomia, mas é uma bolsa! Estou aprendendo a conviver com ela - se Deus quiser, temporariamente - e é meio complicado, mas vamos adiante que a vida nunca pára e tu vai e vence ou fica e morre. É assim, por mais antipático que seja. Paciência, né? Estava vendo a chegada dos rapazes corintianos no Brasil com honras de heróis, os pilantrinhas! Celebridades! Me recordei da Rosemery - não a Noronha - a fogueteira, lembram? Virou artista, saiu até pelada na Playboy, e era uma rica baranga! Mas esse é o país do "Faça Uma Cagada e Vire Astro por Trinta Dias!". Fico pensando, se eu tivesse uma insanidade mais acentuada, subiria no Monumento ao Expedicionário, na Redenção, num domingo ensolarado, enrolado na bandeira da República de Los Cocurutos com um megafone, e faria um discurso antes de me jogar lá de cima. Um discurso desesperado pois a Natalie Portman me rejeitou. A multidão espalhada aglomerar-se-ia aos meus pés, com bandeiras coloridas, malandro junto com trabalhador, - perdão, Aldir Blanc - alguém encontraria um primo de um vizinho da Natalie em Cleveland, que falaria comigo, tentando me demover do suicídio passional, e as câmeras a postos, focando meu rosto crispado, pois eu estaria bêbado, é claro. Os flashes espoucando e a galera em empático delírio, gritando: "Tu nos representa, fora com a Natalie, queremos justiça, fora Figueiredo!". Horas depois, morto de fome e todo vomitado, desceria, glorioso, numa escada Magirus, cercado por bombeiros loucos pra me encherem de cascudos, e a plebe, enlouquecida a gritar: "Motta, Motta, Motta!". Convites pra assinar fichas nos mais diversos partidos e repartidos. No outro dia entrevistas e fotos, Jornal do Almoço, Bandicidades, quero dizer, Band Cidades, Conversas Redondas e aparição-relâmpago no Patati & Patatá! Pronto, ali estaria eu em plena glória, no auge de efêmera fama que saberia desfrutar, com certeza. Só duas coisas me impedem de fazer tal ato tresloucado - ou tetraloucado - a dose ideal de loucura e como subir naquela coisa lá. O resto, como ficar bêbado, por exemplo, é fácil! Bom, chega de falar sério, vou contar a piada do judeu que sai de uma boate, passa pelo garçom, joga uma pedrinha de gelo no seu bolso e diz pra ele: "Ó, pra tomares um uisquinho!". 
Não me processem, é apenas um chiste! Buenas noches!

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