domingo, 16 de junho de 2013

Rebimboca da parafuseta. Quem não conhece essa expressão que define os segredos profundos do mundo da mecânica automobilística? Eu, por exemplo, sei dirigir e botar gasolina no carro, pois a engenhoca não anda sem gasolina assim como não paro em pé sem comida. Ou seja, meu conhecimento de mecânica é aquém do básico. Quando levo o carro na oficina, observo, angustiado, aquele cidadão de macacão ensebado de graxa, apoiado na boca aberta do meu cupê mal-assombrado, sacudindo negativamente a cabeça. O que será que tem a minha caranguejola? Ele vira-se, esfregando as mãos com uma estopa imunda, me olha e, como um médico dando uma má notícia: "Ééééé. Vai ter que mexer nos induzidos do arranque e, se tiver sorte, não vai precisar trocar os cabos do autoflag do bendix que podem estar desgastados!". Pronto, quase tenho uma convulsão cerebral e só me vem uma coisa na cabeça: "E isso é muito caro?". Bom, ele tem um primo em Gravataí que trabalha com bendix que pode ter um preço mais em conta, o que não me tranquiliza muito, mas vamos lá! Deixo meu veículo nas mãos do cara do macacão e volto pra casa ruminando, absorto, na baba que sairá essa consulta! E nem vi se o sujeito tem diploma de alguma coisa, de técnico de máquina de cortar grama, de avião ou sei lá do que. De carrinho de autorama podia ser! Mas foi um amigo que recomendou esse rapaz e disse que se ele não resolver, ninguém mais resolve. Lembrei da rebimboca da parafuseta e na nota fiscal que ele talvez não me dê, quando eu for pagá-lo e na informalidade dessa relação que temos com mecânicos, generalizando a coisa. Por sorte tive poucas experiências ruins, como tive com encanadores, por exemplo, mas aí já é outra história. Abracinhos e beijinhos caros amigos.Vou ler um trecho do Alcorão e me editar, estou precisando.

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