terça-feira, 11 de junho de 2013


"Não esquenta a cabeça senão as caspas viram mandiopã". Os mais novinhos não devem ter idéia do que seja mandiopã, não é? Pois é o bisavô dos cheetos e nachos da vida. O que hoje tu compra pronto num saquinho plástico, a gente tinha que fritar pra depois comer, claro. Havia sabores tipo camarão, queijo e depois de fritos, ficavam parecidos com orelhas, pingavam gordura. Se uma nutricionista de hoje visse aquilo, chamaria a polícia antes de desmaiar! Talvez o mandiopã tenha deixado profundas sequelas na minha geração. Ficamos mais sagazes graças ao mandiopã, que o correto é mandiopan, mas quero chamá-lo mandiopã e pronto! Chega, é muito mandiopã! 
Como sou iniciante, às vezes fico meio inseguro em escrever alguma coisa no facebook, pode parecer antipático e a gente não se dá conta. Ou pode parecer intepático, como querem alguns. Não é como estar num boteco da Marcílio Dias trocando idéias com o time de bebuns que ali habitam. Em todo o boteco há um rodízio admirável de borrachos. Alguns passam perto do meio-dia e tomam dois mequetrefe e seguem, tem a turma das quatro, que ficam até fechar, e os avulsos que se chegam, e devagar começam a se entrosar em seguida já estão se abraçando, uma sincera demonstração de amizade, lindo! Boteco que se preze tem que ter o mordedor e o chato, muitas vezes são vários. O chato te conta histórias intermináveis e te mostra papéis do advogado, do juiz e dos irmãos que estão roubando as terras dele em Guaporé, aí tu faz de conta que está entendendo toda aquela papelama encardida, mas não tem jeito, o cara não te larga. E o Tinguelê que não apareceu? Ah, passei por ele agorinha, ali no Ardiles, tomando um abacaxi. Não pode faltar o vidro com ovos cozidos e outro com rabanetes na conserva com pimenta. Mistura letal. não quero me estender muito, depois volto ao assunto, que isso dá um livro. Até já, amiguinhos. E baixa um picadinho pra nóis!

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