terça-feira, 11 de junho de 2013

Minha cabecinha sempre faz confusão com um monte de coisas que guardo dentro dela. Vou recebendo informações e jogando ali dentro pra separar depois o que presta e o que não presta. Mas cadê tempo pra organizar? Agora que estou meio à bangu, dou uma subida no sótão pra remexer na bagunça e encontro cada coisa! Achei, ontem, no canto escuro de um quarto de milha, pilhas de promessas antigas, artesanais, uma mais linda que a outra. Umas novas, outras mais velhas, todas já vencidas e sem uso. Algumas lembrei, a maior parte, não. Quase ao lado, tropeço num enorme caixote de tilápias cheio de desculpas, minhas e de um monte de espertinhas. Algumas esfarrapadas, a maior parte bem convincentes. Uma delas, em estado de nova tem a seguinte inscrição bordada: "Vou na padaria e já volto!". Melhor jogar no lixo. A prateleira cascuda encostada na parede está cheia de mentiras bobas e mal-intencionadas. A maior parte com pernas curtas, as minhas muito grandes. Quando manuseei uma delas, chegou a dizer "Te amo!". E eu quase acreditei, rapaiz! Achei, sobre a mesinha de eucalipto um exemplar do Capital dos Pampas, de Irton Marx, ou seria do Karl Marx. Ah, não, esse é só O Capital. Não tenho nada do genial revolucionário Groucho Marx. Desisto, daqui a pouco vou encontrar esqueletos nos meus armários. Aí eles vão sair do armário, não é uma boa idéia. Boa noite, amiguinhos e amiguinhas.

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