domingo, 12 de janeiro de 2014

CORPO HUMANO
A cada dia que passa, descubro mais coisas que carrego comigo que nem nos meus mais insanos desvarios poderia vislumbrar! Sou a minha própria caixinha de surpresas, como um automóvel autodeterminado que descobre que acabou a bateria e precisa de uma chupeta. A chupeta aquela de transferir carga de uma bateria pra outra, bem entendido.
Descobri que tenho, no ombro, um manguito rotador! Sério, manguito rotador! Aliás, eu e todos vocês enquanto humanos e racionais - com algumas restrições, é claro - temos esse artefato dentro de nós, do nosso corpinho tão cheio de uísque, cerveja e fricassê de couve-flor.
Primeira vez que ouvi isso, imaginei um gnomo arrotando ou um duende atarefado, apertando meu ombro com chave-de-boca, não parece?
Me assustam as coisas que carrego por onde vou: vísceras, ossos, líquidos, um cérebro que, eventualmente, tenta me matar e o manguito rotador, incrível!
Com tanta peça dentro da gente, fica uma sugestão ao Criador, em dotar os próximos modelos com zíperes. Deu problema, abre o zíper e tu mesmo te conserta. Imaginem depois do carnaval, dar uma geral no fígado e nas tripas grossa e fina, e uma limpada no pulmão, depois só puxar o zíper - na minha época fecho eclér - e pronto pra se emborrachar de novo.
Não sei não, ia dar gente vendendo tudo que tem dentro e mudando de sexo de acordo com o momento. Hoje vou sair Tabatha, a criminosa, mas amanhã, Gaudêncio, o taura!
Melhor não contrariar a natureza e nos contentarmos com essa máquina maravilhosa que é o nosso corpo assim mesmo, não é?
Mas manguito rotador! Por essa eu não esperava! 
Beijinhus, depois da ceia vespertina - cheia de vespas - retorno.

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