quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

BUZINA
Coisas que fazem barulho geralmente tem o dom de me irritar. Acho que estou ficando rabugento e mais chato, talvez a idade tenha encurtado a minha tolerância ou talvez os ruídos de hoje sejam, realmente, inaguentáveis! 
Como assíduo frequentador de salas de espera em consultórios, laboratórios e outros lugares onde fico à mercê de aparelhos que tilintam, gritam e fazem de tudo para chamar a atenção de seus donos, fico entre a fúria e a curiosidade quando esses equipamentos se manifestam.
Dia desses levei um susto quando a fanfarra da banda dos fuzileiros navais da Inglaterra me fez pular no colo da velhinha de cabelo azulado que estava ao meu lado, na sala de espera do médico, juro! 
Era o celular do cidadão surdo que também esperava, na sala de espera. Sim, só podia ser surdo pra botar naquele volume infernal. Conversou com a filha que queria saber se ele tinha comprado a ração do gato Máique e pra passar na padaria, comprar rosquinha caramelada e eu não quero saber de rosquinhas carameladas ou cromadas, só quero sair daqui e seguir meu caminho sem a banda marcial do velhote surdo, só isso! E sem rosquinhas.
Além de perturbar, me obriga a saber detalhes de sua vida doméstica que eu não quero. Se fosse uma linda ninfomaníaca contando sua aventura no elevador antes de chegar aqui vá lá, mas rosquinhas e ração não dá, não dá mesmo!
Mas é só um pequeno desabafo, não perderei meu sono por isso, salvo se surgir o tresloucado que chama a buzinaços a filha do vizinho do sétimo andar, às duas da manhã.
Mas poderia ser pior: poderia ser aquela buzina com o hino do Grêmio!
Boa janta, amiguinhos e amiguinhas! Volto depois pra bater o ponto, até já!

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