domingo, 12 de janeiro de 2014

CABELOS NATALINOS
Nesses dias me contenho e a aura natalina toma conta do meu ser putrefato me tornando um querubim, quase um ser bondoso e imaculado. Quase.
Sonhei com o Ozzy Osbourne cantando Ave Maria de Gounod e com o Renan Calheiros pegando o avião da FAB - aquele que ele sempre usa pra ir nas quermesses com a Monica Veloso e nos manda a fatura - pra fazer implante capilar na cabeça. Até onde se sabe foi na cabeça, vá que a Monica Veloso queira mais pelos em outras regiões e tal. Ou pelos contrários.
Quando acordei ainda com o Ozzy ecoando nos meus miolos, me dei conta de que o Canalheiros poderia ter feito o implante - que desplante!- via SUS, já que este possibilita a redesignação sexual, ou seja, troca de sexo. Entra Vandergleysson e sai Tabatha Pryscilla. Isso é inclusão social.
Bem que poderia o SUS cobrir prótese peniana, não é? Os brochas também são criaturas excluídas do meio social pois não podem exercer sua plena cidadania de pinto murcho, um absurdo! E, para usar o jargão sociologicamente correto: Portadores de Deficiência.
Imagina o cara ser interpelado pelo cobrador, no ônibus, sobre qual a sua deficiência física e o sujeito, na bucha: "Sou brocha!". Duvido alguém ficar sério com essa pérola!
A partir dessa inclusão dos brochas no meio social, ficam proibidas piadas e quaisquer manifestações jocosas ou discriminatórias sob pena de processo judicial.
Os portadores de repouso peniano eterno seriam agraciados com cotas nos quadros do funcionalismo público onde poderiam coçar o saco, perfeitamente integrados em nossa sociedade burguesa e capitalista.
Mas são apenas sonhos de uma noite de verão, vocês verão. 
Hoje começam as festividades natalinas e o período de engorde no qual nos envolveremos de forma inescapável. Preparem-se para comer aquelas galinhas metidas a besta por um bom tempo, até tu começar a criar uma penugem e ficar parecido com os brusters, chesters e galinhas d'angola que comerás, ó saco sem fundos!
Um magnífico Natal pra todos e que nosso coração seja sempre leve e nosso bolso sempre pesado!
Vou comer um pudim de cachaça e retorno depois com mais novidades natalinas.

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